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Festival da Canção | Os intérpretes e os temas deste ano

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O Festival da Canção celebra sessenta anos e já definiu quem são os vinte cantores que nos vão representar em 2024. Descobre tudo sobre os temas deste ano.

A 2 de fevereiro de 1964, estreava na RTP o Grande Prémio TV da Canção Portuguesa, que marcava a primeira participação de Portugal no Festival da Eurovisão, criado em 1956. Na altura, 127 canções foram a avaliação, sendo selecionadas apenas doze interpretadas por importantes nomes da música nacional como Simone de Oliveira e Madalena Inglésias. Nesse ano, António Calvário vencia a competição com o tema Oração. Desde então, Portugal optou por não levar nenhum concorrente ao concurso europeu em seis ocasiões diferentes. Apesar dos resultados bastante diversificados, em 2017 o nosso país chegou mesmo a conquistar o primeiro lugar com a canção Amar pelos Dois, interpretada por Salvador Sobral.

Em 2024, o Festival da Canção celebra sessenta anos de existência e promete celebrar de forma memorável. Ao concurso concorreram mais de oitocentas canções por livre submissão, sendo que apenas seis foram selecionadas. Os restantes doze cantautores foram convidados a participar na 60ª edição, sendo que cada um pôde submeter duas músicas. O concurso vai-se dividir em duas semifinais, sendo que a primeira acontece já a 24 de fevereiro. A 9 de março ficaremos a conhecer o vencedor que irá representar Portugal no Festival da Eurovisão que acontece na Suécia.



BISPO – CASA PORTUGUESA

Depois de Ivandro participar na 59ª edição do Festival da Canção com o tema Povo, chega a vez de a ‘Mentalidade Free‘ trazer à competição um outro rapper. Bispo é um dos nomes mais conceituados do hip hop na atualidade e é já uma presença assídua nas rádios nacionais. Tendo começado a fazer música de forma independente nas ruas de Mem Martins, de onde é oriundo, o nome de Pedro Bispo tem vindo a somar seguidores por todo o país, e não só. No ano em que celebra o aniversário de dez anos de lançamento do seu primeiro álbum, “Bispoterapia“, o cantor participa na 60ª edição do Festival da Canção com o tema Casa Portuguesa, que mistura o rap com sonoridades da guitarra portuguesa.

BUBA ESPINHO – O FAROL

Ninguém representa melhor os géneros musicais tradicionais do nosso país como Buba Espinho. Oriundo de Beja, o cante alentejano e o fado são as sonoridades que o cantor melhor domina, cruzando-as na perfeição nas suas canções. Filho de um músico, Buba Espinho cresceu num ambiente muito cultural, o que o incentivou a seguir as pisadas do progenitor. Atualmente, o artista tem várias das suas músicas a tocar nas rádios nacionais, como é o caso do êxito CASA, um tema que gravou com os D.A.M.A. Com a missão de preservar as suas raízes, Buba Espinho interpreta no Festival da Canção 2024 o tema Farol, com letra escrita por Edu Mundo.

CRISTINA CLARA – PRIMAVERA

Não há coração que aguente a voz profunda de Cristina Clara, mas a vida profissional da artista começou mesmo pelo caminho da cardiologia, profissão que exercia no Hospital de Santa Maria. Enquanto trabalhava no ramo da saúde, dedicou-se também às artes performativas e foi exatamente durante uma peça de teatro em que dava vida a uma fadista que foi convidada por Marco Rodrigues para cantar numa casa de fados em Lisboa. Desde então, a cantora tem-se esforçado por explorar com a sua voz não só os ritmos mais tradicionais do nosso país, mas também as sonoridades do Brasil. Para o Festival da Canção selecionou o tema Primavera, uma música que fala sobre o período de florescimento dentro de nós próprios.

FILIPA – YOU CAN’T HIDE

Segundo o regulamento, podem participar no Festival da Canção não só cantores portugueses que vivam no nosso país, mas também artistas estrangeiros que tenham residência em Portugal e cantores com nacionalidade portuguesa que vivam noutro país. A FILIPA é um dos casos que se insere neste tópico, uma vez que nasceu e vive na África do Sul, mas tem nacionalidade portuguesa. A artista começou o seu percurso musical em concursos internacionais e foi ganhando destaque após se estrear com o tema Chills. Desde então, a artista tem feito uma carreira além fronteiras, trabalhando com produtores de renome em Nova Iorque e Los Angeles, o que tem resultado em parcerias de sucesso como quando lançou um tema com Pam SheyneYou Can’t Hide é a canção que FILIPA traz ao Festival em 2024, cantando em inglês, a língua com que se sente mais confortável.

HUCA – PÉ DE CHORO

Bruno Huca é um dos concorrentes do Festival da Canção de 2024 com maior ligação à arte de representar. Quando tinha apenas 14 anos, participou num concurso de talentos da sua escola em Moçambique, cidade que o viu nascer, e, desde então, ficou com vontade de seguir teatro. Já em Portugal, licenciou-se na Escola Superior de Teatro e Cinema, passando a participar em peças por todo o mundo, desde o Brasil até à Rússia. Influenciado pelo teatro musical, Huca possui várias canções originais e é com Pé de Choro que se quer dar a conhecer ao país no Festival da Canção.



IOLANDA – GRITO

A carreira de iolanda é muito curta, uma vez que a cantora lançou o seu EP de estreia, “Cura“, somente em 2023. Ainda assim, este seu projeto musical teve uma enorme repercussão nas rádios nacionais, espalhando o nome da artista por todo o país. Com apenas catorze anos, iolanda começou a escrever as suas primeiras letras e, mais tarde tentou a sua sorte em vários concursos musicais. Numa tentativa de melhorar as suas composições, foi estudar para a Universidade de Sussex, em Londres, regressando de lá com uma enorme bagagem musical. Com as suas raízes ibéricas sempre presentes, iolanda será a intérprete de Grito no Festival da Canção 2024.

JOÃO BORSCH – … PELAS COSTURAS

O percurso musical de João Borsch começou de forma bastante diferente, uma vez que começou a tocar bateria numa banda quando era ainda muito jovem. O feito levou-o a tornar-se campeão regional de Guitar Hero. Apaixonado pela indústria musical, João Borsch abandonou o Funchal para vir estudar Jazz e Música Moderna na capital lisboeta. Sendo um verdadeiro camaleão nas suas sonoridades, o cantor traz-nos …Pelas Costuras na 60ª edição do Festival da Canção.

JOÃO COUTO – QUARTO PARA UM

O nome de João Couto não é nenhuma estreia no Festival da Canção, uma vez que o cantor já havia participado no concurso em 2019 com o tema O Jantar. Desde então, o artista tem-se empenhado na sua carreira musical, tendo em 2023 viajado em digressão pelo país com o espetáculo “Canções Sobre o Meu Carro e o Meu Quarto”. Este ano, João Couto acreditou que estava mais forte do que nunca e decidiu submeter o tema Quarto para Um que acabou por ser selecionado entre mais de oitocentas candidaturas à livre submissão. Aos 28 anos, João Couto regressa assim à competição uma mão cheia de anos depois da sua primeira participação.

LEFT. – VOLTO A TI

António Graça assina com o nome artístico LEFT., mas nem sempre foi assim. Foi em 2015 que António surgiu em público pela primeira vez ao vencer o Concurso Nacional de Bandas da Antena 3. Dois anos mais tarde, o cantor decidiu que se queria dedicar a 100% à música e passou a assinar como Antony Left, adotando um estilo indie-folk. Tudo mudou mais recentemente quando em 2019 optou por mudar o seu percurso e enveredar por um caminho mais pop-eletrónico, passando então a usar o nome LEFT. Além de cantor, o artista é também produtor, tendo já colaborado com grandes nomes da música portuguesa como Diogo Piçarra e Fernando Daniel. Aliás, foi como produtor que LEFT. se estreou no Festival da Canção ao trabalhar com Edmundo Inácio em A Festa, no ano passado. Este ano, estreia-se como intérprete na competição com o tema Volto a Ti.



LEO MIDDEA – DOCE MISTÉRIO

Leo Middea nasceu no Brasil, país onde se tornou uma referência na indústria musical, mas vive em Portugal à quase dez anos. Curiosamente, apesar de pertencer aos PALOP, foi na Argentina que a sua carreira se consagrou, após o lançamento do álbum de estreia “Dois”, há precisamente uma década, o que resultou numa longa turné de concertos pelo país da América do Sul. Em 2022, foi convidado a participar no Bicentenário da Independência do Brasil e, em 2024, dá voz a Doce Mistério, o tema selecionado para a 60ª edição do Festival da Canção.



MARIA JOÃO – DIA

De todos os participantes do Festival da Canção 2024, Maria João é aquela que mais anos de experiência tem. Antes de descobrir o dom para a música, a grande paixão da artista era o desporto, tendo praticado judo, karaté, entre outros. Além disso, foi também professora de natação para crianças autistas e só em 1976 se deu conta do poder da sua voz. Anos mais tarde, inscreveu-se num curso de Jazz e começou a cantar em casas noturnas da capital, tendo ganhado popularidade após atuar Festival de Jazz de Cascais, em 1985. Desde então, tem espalhado a sua voz pelo mundo inteiro e agora chega ao Festival da Canção com o tema Dia, que combina várias línguas, incluindo um dialeto só seu.



MELA – ÁGUA

Mariana Fernandes Gonçalves passou dezoito anos da sua vida na Madeira, a ilha que a viu nascer, e foram exatamente as águas do Funchal que a inspiraram a escrever e submeter o tema Água para o Festival da Canção. MELA, como gosta de assinar, começou a escrever poemas com apenas dez anos de idade e, desde muito nova aprendeu a tocar guitarra. Habituada a participar em vários concursos de talentos, em 2016, participou no famoso “The Voice Portugal“. Desde então, tem-se dedicado à sua carreira musical, mas sem nunca descurar as outras componentes da sua vida. MELA é médica dentista e, atualmente, encontra-se a estudar medicina.



MILA ADORES – AFIA A LÍNGUA

A música foi a forma que Mila Dores encontrou para melhor se expressar sobre os seus sentimentos. Originária do Porto, a cantora começou a estudar música com apenas cinco anos, tendo mais tarde aprendido a tocar piano. Apesar de se ter formado em Cinema, decidiu perseguir os estudos de música no Reino Unido, tendo enveredado por um caminho mais ligado ao Jazz, o que lhe rendeu um prémio de talento. Evan Parker, Ian Shaw, Matthew Bourne e Simon Purcell são alguns dos nomes mais soantes que chegaram a tocar com Mila Dores. Numa mistura de ritmos, a cantora leva ao Festival da Canção 2024 o tema Afia a Línguauma verdadeira ode de incentivo.



NENA – TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO

Nena tinha apenas doze anos quando escreveu a sua primeira canção, mas a música nem sempre ocupou o primeiro lugar na sua vida. Na universidade, a agora cantora seguiu o ramo da comunicação social e, só em 2019 decidiu que era mesmo a indústria musical que a fazia feliz. Foi João Só quem incentivou Nena a construir um percurso ligado ao mundo das canções, apresentando-se ao público com o tema Portas do Sol que atingiu um enorme sucesso desde logo. O ano passado, a cantora chegou mesmo a ganhar um Prémio Play de Artista Revelação e, em 2024, faz uso da sua doce voz para concorrer ao Festival da Canção com Teorias da Conspiração.



NOBLE – MEMORY

Há quem pense que NOBLE é um artista estrangeiro, não só pelo seu nome artístico, mas, principalmente, pelo facto de cantar sempre em inglês. Na verdade, o cantor é originário de Amarante, no distrito do Porto, mas sente-se mais confortável em expressar-se na língua não-materna. Pedro Fidalgo é o nome verdadeiro deste artista que cresceu num ambiente rodeado de música, o que o levou a aprender a tocar saxofone com apenas doze anos. Rapidamente, passou a integrar várias bandas, tendo mais tarde assinado um contrato com a Metrosonic Records. O seu primeiro single Honey foi escolhido para o genérico da novela “Amar Depois de Amar“, da TVI. Depois de lançar o tema Forever, no ano passado, NOBLE junta-se agora à lista de concorrentes com a canção Memory, que tem um significado muito íntimo para o cantor.



NO MAKA FT. ANA MARIA – ACEITAR

Os No Maka são já uma referência em Portugal pelo seu trabalho enquanto DJ’s. A dupla é formada por Duarte Carvalho e Emanuel Oliveira e os dois tocam juntos já desde 2013, altura em que lançaram o single Levanta a Mão que se tornou um sucesso nas rádios nacionais. Desde sempre nos habituaram aos seus ritmos Afro e Kuduro, mostrando a influência africana nos seus sons, uma referência que usam também no nome da dupla – em Kimbundu (língua de Angola), ‘no maka’ significa ‘sem problemas’ , fazendo referência a uma situação mais grave. Surpreendentemente, os No Maka apresentam-se no Festival da Canção com um estilo bastante diferente, tendo convidado Ana Maria para se juntar à dupla na interpretação de Aceitar.



PERPÉTUA – BEM LONGE DAQUI

A cidade de Ílhavo, no distrito de Aveiro, já tinha deixado a sua influência no Festival da Canção após Carlos Paião vencer o concurso com o tema Play Back. Mas esta terra fez geminar uma outra flor, a Perpétua, uma banda composta por quatro amigos que se conhecem desde o tempo em que estudavam juntos, o Diogo, o Rúben, o Xavier e a Beatriz. Em 2020, o grupo estreou-se com o tema Condição e, um ano mais tarde, lançaram o seu primeiro álbum. Com um ritmo alegre e um estilo mais leve, os Perpétua levam o tema Bem Longe Daqui ao Festival da Canção de 2024.



RITA ONOFRE – CRIATURA

Rita Onofre soube que queria ser cantora desde muito nova, tendo começado a investir no seu talento muito cedo. Influenciada pelo pai, começou a tocar guitarra com apenas dez anos e, dois anos mais tarde, decidiu começar a escrever as suas primeiras letras. É já na Escola de Tecnologias Inovação e Criação que o seu talento se começa a desenvolver ainda mais, quando a cantautora Joana Espadinha se torna sua professora. Depois de terminada a sua formação académica, Rita Onofre decidiu focar-se a 100% à música e fez uso da Pandemia para se lançar no mercado. Haja Sempre foi o primeiro single a ser lançado, em 2020, e, desde então, nunca mais parou de se expressara através das canções. Criatura é mais uma das suas músicas e é com ela que irá participar na 60ª edição do Festival da Canção.

RITA ROCHA – PONTOS FINAIS

Rita Rocha foi uma das cantoras que se atreveu a submeter o seu tema de livre e espontânea vontade, conseguindo que Pontos Finais fosse uma das canções selecionadas para o concurso. A artista tem apenas dezassete anos de idade, mas a sua experiência musical conta já com uma vastidão. Estreou-se a cantar no programa de talentos “The Voice Kids” e, desde então, tem alcançado um enorme sucesso ao participar em duetos com cantores como Agir, Bárbara Tinoco e Carolina Deslandes. Mais recentemente, Rita Rocha foi convidada a participar na banda sonora da série da Netflix, “Rabo de Peixe“, na qual interpretou o tema Into the Void.



SILK NOBRE – CHANGE

Fernando Nobre nasceu em Moçambique, filho de pais cabo-verdianos, mas foi em Portugal que encontrou a sua vocação no mundo das artes performativas. Integra o elenco do grupo Teatro da Garagem há mais de uma década, ao mesmo tempo que se dedica à música, seguindo um registo mais ligado ao funk. Chegou a trabalhar com a saudosa Sara Tavares e há mesmo quem o compare a James Brown pelo seu estilo musical divertido. Gosta de assinar como Silk Nobre e é com esse nome artístico que subirá ao palco do Festival da Canção para interpretar o tema Change.

Já ouviste todas as músicas do Festival da Canção? Qual o tema que mais gostaste?


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